Mais de meia centena de participantes marcaram presença no Capítulo de Outono da Confraria de Saberes e Sabores da Beira ‘Grão Vasco’. A iniciativa contou com vários momentos, nomeadamente a assinatura de protocolos de representação recíproca e cooperativa multicultural entre a Confraria e a Casa da Beira Alta, do Porto, com o Instituto Olhar a Língua Portuguesa no Mundo, de São Paulo, Brasil, e com o GIVAV – Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu.
Os protocolos visam implementar a colaboração recíproca entre as diferentes instituições, tendo em vista a promoção multicultural nas diferentes áreas, nomeadamente nas áreas da cultura, associativismo, enogastronomia e artes e tradições.
Na sua intervenção Pedro Ribeiro, vereador da Câmara de Viseu, realçou a importância dos protocolos assinados, no estreitar das relações culturais entre as instituições, mas também a ligação com o Brasil. Pedro Ribeiro enfatizou o trabalho levado a cabo por duas importantes instituições culturais da cidade, como são a Confraria Grão Vasco e o GICAV.
Na ocasião, Afonso Costa, presidente da Casa da Beira Alta, do Porto, destacou a ligação das duas instituições no que à cultura beirã diz respeito, realçando a importância da sua promoção e divulgação.
Já Nilzangela Sousa, presidente do Instituto Olhar a Língua Portuguesa no Mundo, de São Paulo, enfatizou a ligação da Confraria Grão Vasco com a comunidade portuguesa espalhada no mundo e a sua importância para a manter a ligação a Portugal e à língua mãe. Aquela responsável lembrou que a língua portuguesa é falada por mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, o que lhe confere um lugar de destaque no plano internacional, que é importante divulgar. Apesar disso, tivemos apenas um Prémio Nobel de Literatura, que foi José Saramago.
A finalizar o Capítulo teve lugar a cerimónia de entrega das insígnias a dois confrades (Nelson Ferreirinho Afonso e ao deputado Hugo Carvalho), que não puderam estar presentes no Capítulo de 1 de Julho, bem como a entrega do título de Comendador a Luísa Maria Mellid Gravita Franco Monteiro, destacado quadro superior da Fundação Calouste Gulbenkian e critica literária.
O Almoxarife da Confraria Grão Vasco enfatizou a assinatura dos protocolos com instituições de relevo, que em muito prestigiam a Confraria e lhe dão novas responsabilidades. José Ernesto Silva frisou o muito trabalho que ainda há a fazer no plano da cooperação institucional “entre as instituições com quem assinámos estes protocolos”. O Almoxarife da Confraria salientou que a Confraria mantém a sua aposta na cooperação internacional, nomeadamente com as confrarias irmãs já existentes e outras que em breve deverão nascer, nomeadamente na Europa, Brasil e América do Norte.
Na ocasião o Instituto Olhar a Língua Portuguesa no Mundo, de São Paulo, Brasil, entregou à Confraria Grão Vasco, na pessoa do Almoxarife, o diploma de Honra ao Mérito – Parceria Cultural Internacional
O Capítulo encerrou com a atuação da Tuna Sabores da Música, que levou aos convidados a música tradicional portuguesa, com destaque para temas recolhidos na região.
Almoxarife da Confraria homenageado
O Almoxarife da Confraria Grão Vasco foi alvo de uma homenagem, que realça a sua ligação na divulgação da cultura beirã além-fronteiras, mas também às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
O Luso Sporting Clube de Manaus, representado por Humberto Figueiredo, entregou a José Ernesto Silva o diploma de Mérito da Comunidade Portuguesa do Amazonas, “em reconhecimento aos serviços prestados em prol da comunidade Luso Brasileira do Amazonas e á Confraria dos Sabores Luso Amazónicos ‘Grão Vasco’. Recorde-se que Humberto Figueiredo, natural de Moimenta da Beira, foi o fundador da Confraria de Manaus, sendo atualmente o Cônsul Honorário de Portugal naquela cidade do Amazonas.
O Capítulo na Imprensa